terça-feira, 7 de maio de 2013

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Eu nunca me importei muito com as coisas.
Se eu me visto mal, tanto faz. Uso roupas feias pra que se uma pessoa me julgar apenas pelo que eu tô vestindo, ela ficará longe.
Ah muito já não tenho saco pra aguentar pessoas cheias de dilemas e frescuras.
Onde estão aquelas pessoas simples de entender? Aquelas que não ficam com raiva porque eu olhei de um jeito que foi interpretado mal?
Mas é assim. As meninas são medidas por como conseguem ficar lindas ao decorrer do dia, nesse caso, eu estou desclassificada. Tenho preguiça e ponto final.
Mas um dia, uma amiga minha olhou pra mim e disse "tu não tens cara e nem corpo de uma menina bonita", eu revidei. Respondi a altura. Mas respondi a altura só pra fingir que eu tenho mesmo um muro inabalável cheio de conceitos fortes que não cairão nunca. Na verdade, isso me deixou um pouco magoada, muito triste.
Fiquei mal. Não fiquei mal pelo jeito que minha amiga me vê, mas fiquei mal comigo mesma, porque depois daquilo, percebi o quão insegura eu sou.
Não me garanto em nada, não me garanto na matéria, não me garanto na beleza, não me garanto na personalidade. Sou só uma menina desajeitada, besta tentando se encontrar.
Não tenho nada que eu sinta que possa dizer "nesse quesito, eu sou boa", não tenho certeza de nada.
Meu namorado diz pra olhar pra tudo o que eu consegui. Me mato de estudar, pensando em ganhar uma bolsa pra que outra menina que anda só na moleza, que chega no final das aulas na universidade ganhe uma tão de boa.
Eu não conquistei nada.
Não sei bem porque fiquei desse jeito, percebi minha insegurança, mas talvez não tenha sido só isso, talvez tenha sido o jeito que minha amiga falou, de um jeito tão frio, como se eu fosse só mais uma. E eu não queria ser mais uma.
Meu namorado (lindo), tentou me ajudar, dizendo que eu sou mais do que isso, que eu sou linda e etc. Não sei se eu acreditei muito nele, afinal, ele é meu namorado, coei café na calcinha pra ele ficar comigo. Mas ele é um amor, eu o amo muito.
O problema é que eu nunca fico bem sem chorar muito antes, mas cadê o ombro agora?

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